quarta-feira, julho 05, 2006

Ah!!!!!!!! Brasil....

Mês de maio. Entrei numa livraria e dei de cara com o livro "Formando Equipes Vencedoras", escrito pelo técnico de futebol Carlos Alberto Parreira. Fique curioso em saber se o livro estava sendo procurado. O vendedor me disse que era um dos mais vendidos... Voltei ontem à mesma livraria. O livro sumira da gôndola onde estava em exposição. Junto com ele sumiram bandeirolas do Brasil e aquela parafernália de penduricalhos na cor verde-amarela. Pouco tempo depois, já em casa, me deparei com uma notícia que circulava em jornais online. Parreira, ao invés de demitido, poderá ser promovido. Isso me levou a concluir que no Brasil a lei da gravidade não vale para determinadas situações – no caso da CBF, o fracassado Parreira cai... para cima. Nada contra o treinador, nem contra sua obra literária. Afinal, caso tivéssemos comemorado o hexa, Parreira seria sério candidato à Academia Brasileira de Letras... O que incomoda é esta pressa que vejo em muitos de criar e destruir ídolos. Antes do jogo do Japão, Ronaldo era taxado como um jogador gordo e pachorrento. No dia seguinte à vitória sobre o fraco time asiático, jornais brasileiros estampavam em manchete: “Viva o gordo!”, “Um beijo do gordo”, “A resposta de Ronaldo”. Um diário carioca escrevia em japonês “Gordo é a vovozinha”. No final de semana fatídico, em que perdemos por WO para a França – sim, sequer entramos em campo –, a revista Veja trazia matéria de chamada para seu site com o título “Ronaldo, o craque da superação”. Afirmação verdadeira, claro, só que válida para a Copa de 2002. Nesta, qualquer pessoa com um mínimo de cérebro e visão pode ver que o rotundo jogador mal dobrava as pernas quando corria. Há um velho ditado que diz que quanto maior a árvore, maior o tombo. A euforia da maior parte da mídia esportiva impediu que muitos enxergassem o óbvio. Como sempre, a pátria de chuteiras acabou de quatro no gramado. Os atletas, estes não têm do que se queixar. A nós resta comprar o livro do Professor Parreira. Para descobrir, quem sabe, o segredo do sucesso. Ou, quiçá, a como evitar o fracasso.


Bem é isso ....

Ouvindo.: Hino Nacional

2 comentários:

Robson Assis disse...

Como disse um amigo meu, a partida mais importante da Seleção foi a partida de volta pra casa.

Só li hoje o texto que vc disse, 'Don't cry for me Brasil'.. Muito legal.. Sem dúvida a cultura pode representar bem melhor o país.

Obrigado pela música, ótima, legal mesmo!

Beijos

Anônimo disse...

Adorei . Olha o que eu penso desde o inicio da copa :

É lamentável saber que até a seleção brasileira não está como antigamente, no começo da copa percebi que não tinha aquele entusiasmo por parte do povo brasileiro como nas outras copas, acho que o próprio povo brasileiro já estava se preparando para a derrota. Hoje se vê interferência de $ no esporte e ganha quem tiver mais $. Infelizmente a seleção tem muitos “idolos” e poucos jogadores . Não é para falar não mas muitos puxaram o saco do Ronaldo, sabe, tem que se admitir que ele não jogou bem desde o começo da copa, nem ele se tocou que precisava sair porque o Brasil estava com um atacante a menos em campo, mas só por fazer vários comerciais, ser o antigo “fenômeno” continuou até perder. Acho que não é só o Ronaldo, não tivemos uma seleção coletiva, jogou cada um por si e os times adversários se preocuparam em marcar os principais atacantes do time brasileiro e o Parreira não percebeu isso. Era só assistir os jogos para não cometer o erro . A tática do Parreira foi colocar o time para jogar no ataque, sendo que os principais atacantes eram marcados por 2, 3 adversários sem espaço para gols, mas Parreira não se preocupou com a defesa, onde estavam Lúcio ( pegando todas sozinho sem ninguém na área) e o Dida também um ótimo goleiro . O Cafu, a posição é a defesa mas não fez sua parte . Ronaldinho Gaúcho meio de campo não conseguiu exercer a função, deu uma de atacante e mais um que foi marcado . O que Parreira devia ter feito : Colocar o time para trabalhar na defesa, a tática de jogar no ataque já era para ser descartada desde o primeiro jogo. Os jogadores do Brasil, eu não via marcar os adversários. Se a tática fosse trabalhar na defesa, seria coletivo : os atacantes exerceriam sua função mesmo sendo marcados, mas a defesa e principalmente a marcação seria pesada e ai mesmo que o jogo ficasse difícil para fazer gols os penalts resolveria a partida. Lamento que os reserva não tiveram oportunidade de jogar. O Robinho era como se fosse uma carta coringa onde na cabeça do Parreira faria mudar um jogo perdido, a hora do Robinho não era no final do jogo, e sim desde o começo . O Brasil poderia ser campeão sem os “nomes” do futebol brasileiro, nessa hora precisávamos de jogadores .

Isso eu sempre falei desde o inicio da copa